Évora Excelente (a propósito duma leitura do Expresso)
2009/07/06 14:46
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Escrevo este texto no embalo duma rotina de Sábado quando a agenda não o transforma num dia normal com inaugurações, eventos ou debates. Levantei-me quando acordei (Já passava das 10), fui às compras, almocei repousadamente e dei uma vista de olhos pelos jornais antes de alinhavar as minhas duas crónicas semanais (a do Diário do Sul às segundas e a do Correio da Manhã às sextas).
O folhear dos jornais é uma das principais inspirações para o que escrevo. Neste caso contudo, foi um pouco mais do que isso! É que o Expresso de hoje (27/6) é um exemplo extraordinário da dupla face da realidade portuguesa. O primeiro caderno exala intriga, mercearia conjuntural, politiquice balofa. O caderno de economia pelo seu lado conta inúmeras histórias de sucesso e de acção nos diversos sectores económicos e empresariais que demonstram que o País está a mudar estruturalmente para melhor.
Vivemos um momento de conjuntura difícil e estrutura em mudança. É por isso um momento que permite dois olhares. O olhar descrente de quem não vê além do próprio umbigo e o olhar confiante de quem consegue perscrutar a mudança e está disposto a fazer sacrifícios imediatos para conseguir ganhos sustentados no futuro.
Num debate recente o Jornalista Económico António Peres Metelo traduziu esta ideia duma forma brilhante usando uma metáfora simples. Dizia ele que Portugal está prenhe de modernização e um novo País está em gestação. A gestação é sempre um processo incómodo e não há partos sem dor ou sem sacrifício. No entanto quando o feto nasce saudável a imensa alegria compensa tudo.
A verdade é que enquanto uns se empenham para que nasça uma nova oportunidade para Portugal, outros mais não fazem do que queixar-se dos inchaços, das náuseas, dos sacrifícios e limitações associadas ao processo. Pior ainda, altos responsáveis da oposição não encontram melhor forma de alívio do que fazer desde já um interrupção brusca do processo, deitando fora de supetão tudo o que já foi conseguido.
Metelo pôs o dedo na ferida. Nada se consegue sem esforço. Prometer alívio imediato no Portugal de hoje é como retirar a medicação a um doente grave já em vias de recuperação. Primeiro tudo parece melhorar. Depois tudo voltará ao abismo!
No Expresso do dia em que esboço esta crónica uma das boas notícias é a classificação como Excelente por uma equipa de peritos internacionais do Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão (CEFAGE) da Universidade de Évora. O CEFAGE é bem o exemplo da persistência e da confiança de um grande professor, investigador e líder como é Soumodip Sarkar que conseguiu levar avante a sua visão e motivar uma equipa de trabalho de elevada qualidade, remando contra a maré dos que se resignam à interioridade ou dificuldades específicas da nossa universidade.
Quantos não cantaram a Sarkar “Cantos de Sereia” para que desistisse, não tivesse ilusões e se acomodasse. Felizmente, como Ulisses, Soumodip grudou-se ao mastro, resistiu à tentação dos desistentes e conseguiu um resultado extraordinário! A nossa Universidade e a nossa terra devem muito a Sarkar e à sua equipa, à qual me orgulho de pertencer, ainda que com colaboração exígua e mais moral do que científica dadas as tarefas que abraço actualmente. Parabéns!
O folhear dos jornais é uma das principais inspirações para o que escrevo. Neste caso contudo, foi um pouco mais do que isso! É que o Expresso de hoje (27/6) é um exemplo extraordinário da dupla face da realidade portuguesa. O primeiro caderno exala intriga, mercearia conjuntural, politiquice balofa. O caderno de economia pelo seu lado conta inúmeras histórias de sucesso e de acção nos diversos sectores económicos e empresariais que demonstram que o País está a mudar estruturalmente para melhor.
Vivemos um momento de conjuntura difícil e estrutura em mudança. É por isso um momento que permite dois olhares. O olhar descrente de quem não vê além do próprio umbigo e o olhar confiante de quem consegue perscrutar a mudança e está disposto a fazer sacrifícios imediatos para conseguir ganhos sustentados no futuro.
Num debate recente o Jornalista Económico António Peres Metelo traduziu esta ideia duma forma brilhante usando uma metáfora simples. Dizia ele que Portugal está prenhe de modernização e um novo País está em gestação. A gestação é sempre um processo incómodo e não há partos sem dor ou sem sacrifício. No entanto quando o feto nasce saudável a imensa alegria compensa tudo.
A verdade é que enquanto uns se empenham para que nasça uma nova oportunidade para Portugal, outros mais não fazem do que queixar-se dos inchaços, das náuseas, dos sacrifícios e limitações associadas ao processo. Pior ainda, altos responsáveis da oposição não encontram melhor forma de alívio do que fazer desde já um interrupção brusca do processo, deitando fora de supetão tudo o que já foi conseguido.
Metelo pôs o dedo na ferida. Nada se consegue sem esforço. Prometer alívio imediato no Portugal de hoje é como retirar a medicação a um doente grave já em vias de recuperação. Primeiro tudo parece melhorar. Depois tudo voltará ao abismo!
No Expresso do dia em que esboço esta crónica uma das boas notícias é a classificação como Excelente por uma equipa de peritos internacionais do Centro de Estudos e Formação Avançada em Gestão (CEFAGE) da Universidade de Évora. O CEFAGE é bem o exemplo da persistência e da confiança de um grande professor, investigador e líder como é Soumodip Sarkar que conseguiu levar avante a sua visão e motivar uma equipa de trabalho de elevada qualidade, remando contra a maré dos que se resignam à interioridade ou dificuldades específicas da nossa universidade.
Quantos não cantaram a Sarkar “Cantos de Sereia” para que desistisse, não tivesse ilusões e se acomodasse. Felizmente, como Ulisses, Soumodip grudou-se ao mastro, resistiu à tentação dos desistentes e conseguiu um resultado extraordinário! A nossa Universidade e a nossa terra devem muito a Sarkar e à sua equipa, à qual me orgulho de pertencer, ainda que com colaboração exígua e mais moral do que científica dadas as tarefas que abraço actualmente. Parabéns!
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