Serenidade (Boas Festas e Feliz 2012)
2011/12/18 17:43
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
| Link permanente
Pela sua data de publicação esta é uma crónica em que não posso deixar de desejar Boas Festas e um feliz Ano Novo a todos os leitores.
A questão é como é que isso se faz este ano sem que pareça um discurso oco e de ocasião, sabendo nós que 2012 será um ano no mínimo muito difícil para a maioria dos portugueses e que não se antevêem sinais de mudança significativa nem nas políticas europeias, nem nas políticas nacionais.
Um bom 2012 terá que ser mais uma conquista de cada um de nós, do que qualquer esperança em milagres colectivos de baixa probabilidade.
Em Portugal foi atingido o grau zero da política e da ambição, com a sugestão feita pelo nosso primeiro-ministro para que os mais qualificados emigrem. Essa afirmação é um sinal de demissão e de descrença em Portugal e nos portugueses e na capacidade de intervenção do Governo. É uma mensagem clara para que cada um se salve como puder.
Não tenho soluções ou sugestões milagrosas para enfrentar os novos tempos. Recomendo apenas uma atitude que pode ajudar a fazer a diferença. Recomendo a serenidade.
Diz o povo que “tristezas não pagam dívidas”. Angústias, stress, pressão, intolerância, crispação são normais neste tempo mas também não pagam dívidas. O protesto ajuda, a indignação mobiliza mas só a acção pode fazer a diferença. E a acção possível é a acção lúcida e serena, procurando um novo equilíbrio na nossa vida, no funcionamento da economia, da partilha em sociedade, da prevalência do ser sobre o ter.
Temos que nos organizar serena e convictamente para um tempo novo. Construir as alternativas no plano do quotidiano, das empresas e das comunidades em que nos inserimos, do País milenar em que tivemos o sortilégio de nascer.
Seria mais fácil nesta circunstância espalhar palavras de revolta ou de esperança. Procurei bem o que partilhar nesta crónica, como quem procura uma lembrança para as pessoas de quem mais gosta. Escolhi a serenidade.
Acho que nada nos pode ajudar mais a ultrapassar os desafios e as dificuldades do que ela. Serenamente, para todos Boas Festas e Feliz 2012.
A questão é como é que isso se faz este ano sem que pareça um discurso oco e de ocasião, sabendo nós que 2012 será um ano no mínimo muito difícil para a maioria dos portugueses e que não se antevêem sinais de mudança significativa nem nas políticas europeias, nem nas políticas nacionais.
Um bom 2012 terá que ser mais uma conquista de cada um de nós, do que qualquer esperança em milagres colectivos de baixa probabilidade.
Em Portugal foi atingido o grau zero da política e da ambição, com a sugestão feita pelo nosso primeiro-ministro para que os mais qualificados emigrem. Essa afirmação é um sinal de demissão e de descrença em Portugal e nos portugueses e na capacidade de intervenção do Governo. É uma mensagem clara para que cada um se salve como puder.
Não tenho soluções ou sugestões milagrosas para enfrentar os novos tempos. Recomendo apenas uma atitude que pode ajudar a fazer a diferença. Recomendo a serenidade.
Diz o povo que “tristezas não pagam dívidas”. Angústias, stress, pressão, intolerância, crispação são normais neste tempo mas também não pagam dívidas. O protesto ajuda, a indignação mobiliza mas só a acção pode fazer a diferença. E a acção possível é a acção lúcida e serena, procurando um novo equilíbrio na nossa vida, no funcionamento da economia, da partilha em sociedade, da prevalência do ser sobre o ter.
Temos que nos organizar serena e convictamente para um tempo novo. Construir as alternativas no plano do quotidiano, das empresas e das comunidades em que nos inserimos, do País milenar em que tivemos o sortilégio de nascer.
Seria mais fácil nesta circunstância espalhar palavras de revolta ou de esperança. Procurei bem o que partilhar nesta crónica, como quem procura uma lembrança para as pessoas de quem mais gosta. Escolhi a serenidade.
Acho que nada nos pode ajudar mais a ultrapassar os desafios e as dificuldades do que ela. Serenamente, para todos Boas Festas e Feliz 2012.
Comentários