A Ponte (Sobre o Simbolismo da Nova Ponte sobre o rio Dejebe)
2016/08/28 10:34
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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Com maiores ou menores dificuldades num quadro financeiro adverso, as
autarquias alentejanas vão procurando dar o seu melhor para resolver os
problemas das populações e aproveitarem as oportunidades de desenvolvimento.
Olhando para a nossa jovem democracia, ainda a comemorar os 40 anos do
poder local democrático, esse esforço tem sido melhor sucedido no Alentejo em
geral e no Distrito de Évora quando se consegue estabelecer um diálogo frutuoso
entre autarquias colaborantes e sem preconceitos ideológicos ou sociológicos
sobrepostos ao interesse geral das populações, uma sociedade civil ativa e
governos que gostam desta terra e acreditam no seu futuro, como tem sido o caso
dos governos liderados pelo Partido Socialista.
Foi assim que se foram atraindo
e fazendo muitos investimentos emblemáticos, na recuperação do riquíssimo
património cultural e paisagístico da região, em projetos estruturantes como o
investimento do Alqueva, a abertura do Hospital do Patrocínio e duma larga rede
de centros de saúde e de cuidados continuados, no desenvolvimento da rede
pré-escolar e escolar, nas acessibilidades, na rede de proteção social ou na
atração de novos investimentos criadores de emprego, na agropecuária de nova
geração, nos serviços, na indústria e no turismo e em muitas outras áreas, onde
o caracter empreendedor dos alentejanos e dos que aqui querem viver vai
derrubando mitos e ideias feitas.
Nesta crónica destaco o anúncio recente de um investimento que pelo seu
simbolismo mostra como a perseverança dos autarcas liderados pelo incansável
edil de Reguengos de Monsaraz (Gabriel Calixto) apoiado na vontade das
populações e por um Governo com sentido das prioridades, permite desatar nós
com mais de 100 anos.
Refiro-me à construção duma nova ponte sobre o Rio Degebe, resolvendo o
gargalo que a velha ponte do Albardão constituía (e ainda constitui)
sobrevivendo teimosamente à era das modernas e seguras vias de comunicação. Uma
ponte perigosa e que só permite a passagem alternada de um veículo de cada vez,
situada no cada vez mais dinâmico eixo Évora – Reguengos de Monsaraz e
Concelhos adjacentes.
A nova variante e ponte sobre o Rio Dejebe era uma reivindicação com
mais de 100 anos e vai mobilizar segundo o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas
um investimento de 3 milhões de euros com um prazo de execução de 300 dias após
a assinatura do contrato de empreitada para o qual foi agora aberto concurso. A
variante terá uma extensão de 2,7 Km e a ponte terá cerca de 120 metros.
Não é uma grande obra na dimensão e no financiamento, mas é uma obra
emblemática e fundamental para as pessoas e pelo sinal que dá aos investidores
e aos alentejanos da aposta do Governo no desenvolvimento da região em geral e
da zona adjacente ao Alqueva em particular.
É uma ponte para o futuro em múltiplos sentidos.
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