Empate Técnico
2009/07/17 16:52
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
| Link permanente
As sondagens mais recentes sobre o sentimento político no País concluem por um empate técnico entre os dois maiores partidos. Do meu ponto de vista, este resultado exprime o momento crítico de decisão que marca hoje a sociedade portuguesa.
Quatro anos de políticas determinadas de modernização colocaram Portugal num novo patamar competitivo. O contexto atingido, longe de ser perfeito, induz maior responsabilidade aos diversos actores individuais e colectivos. Esta nova exigência de responsabilidade e ambição é a meu ver a principal razão do impasse político. Um impasse que poderá ter um desenlace virtuoso se a mudança no contexto tiver tido impacto real na atitude e na confiança dos portugueses.
Acomodados numa longa tradição de foco na desculpa para não enfrentarem com determinação os desafios e as oportunidades, muitos portugueses hesitam ainda, talvez inconscientemente, entre escolher uma proposta de negação que cobre todos os fracassos ou uma visão de ambição e arrojo que exige uma maior exposição e compromisso.
O empate técnico que os estudos de opinião revelam entre os maiores dois partidos do sistema democrático em Portugal é muito mais do que uma similitude pontual de intenções de voto. É um empate entre os que querem arriscar e os que preferem travar. Entre os que querem competir no mundo global e os que preferem o refúgio do “jardim à beira mar plantado”. Entre os navegadores e os velhos do Restelo.
A história de Portugal está cheia de empates técnicos e de desempates, ora gloriosos ora trágicos. Nenhum empate, por mais cristalizado que esteja, é eterno. Mais cedo ou mais tarde o jogo vai-se decidir por inspiração, acção do árbitro ou pontapés da marca de grande penalidade!
Será o desempate que se aproxima um momento de impulso ou um momento de recuo? Cabe a cada português avaliar o que pretende para o futuro do País e decidir em conformidade. A decisão colectiva será a prova dos nove da maturidade das nossas gentes para enfrentarem os desafios do mundo global.
Quatro anos de políticas determinadas de modernização colocaram Portugal num novo patamar competitivo. O contexto atingido, longe de ser perfeito, induz maior responsabilidade aos diversos actores individuais e colectivos. Esta nova exigência de responsabilidade e ambição é a meu ver a principal razão do impasse político. Um impasse que poderá ter um desenlace virtuoso se a mudança no contexto tiver tido impacto real na atitude e na confiança dos portugueses.
Acomodados numa longa tradição de foco na desculpa para não enfrentarem com determinação os desafios e as oportunidades, muitos portugueses hesitam ainda, talvez inconscientemente, entre escolher uma proposta de negação que cobre todos os fracassos ou uma visão de ambição e arrojo que exige uma maior exposição e compromisso.
O empate técnico que os estudos de opinião revelam entre os maiores dois partidos do sistema democrático em Portugal é muito mais do que uma similitude pontual de intenções de voto. É um empate entre os que querem arriscar e os que preferem travar. Entre os que querem competir no mundo global e os que preferem o refúgio do “jardim à beira mar plantado”. Entre os navegadores e os velhos do Restelo.
A história de Portugal está cheia de empates técnicos e de desempates, ora gloriosos ora trágicos. Nenhum empate, por mais cristalizado que esteja, é eterno. Mais cedo ou mais tarde o jogo vai-se decidir por inspiração, acção do árbitro ou pontapés da marca de grande penalidade!
Será o desempate que se aproxima um momento de impulso ou um momento de recuo? Cabe a cada português avaliar o que pretende para o futuro do País e decidir em conformidade. A decisão colectiva será a prova dos nove da maturidade das nossas gentes para enfrentarem os desafios do mundo global.
Comentários