Novos Bairros
2009/05/15 11:10
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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Durante muito tempo foi alvo de salutar debate a diferença entre a opinião pública e a opinião publicada, defendendo uns que por razões de mercado a segunda tende a reflectir a primeira e outros que por se tratar de patamares diferentes de observação social, só pontualmente e por acaso as duas podem ser convergentes.
Esta dança de opiniões tem agora um novo actor – a opinião partilhada. Claro que a opinião partilhada sempre foi importante quer na formação da opinião pública quer na interpretação e difusão da opinião publicada. As conversas de café, de mercado, de rua ou de bairro sempre ajudaram a consolidar opiniões e perspectivas.
Hoje existem novos bairros onde a opinião se publica, difunde e partilha. Foi notório o papel das redes sociais na formação da vontade nas eleições americanas. Em Portugal todos os agentes políticos vão fazendo incursões aos novos bairros da opinião partilhada.
Embora me interesse sobremaneira pelos fenómenos que ocorrem na fronteira tecnológica, não tenho perfil de adopção precoce dessas novas ferramentas. O meu blogue, discreto e contido, nasceu na segunda leva de difusão da rede de blogs. Também a minha participação nas redes sociais é muito mitigada, pela falta de tempo resultante da pressão induzida pelas outras redes na minha agenda.
Quando há uma quinzena me aventurei numa rede social de nova geração - www.twitter.com - fui surpreendido pela velocidade em que passei a viver num novo bairro, sem deixar o velho em que vivo há mais de duas décadas. Encontrei centenas de cidadãos dispostos a serem meus vizinhos, irem ao café, ao mercado, à livraria ou até à bola comigo, estejam onde estiverem! Já conheço melhor o que pensam alguns dos meus novos “vizinhos”, do que os meus vizinhos geográficos que há tanto tempo se cruzam comigo.
A opinião partilhada levantou voo e quebrou fronteiras. Quem vive em simultâneo em muitas cidades torna-se um cidadão diferente. Que mundo seremos nós, os cidadãos das cidades múltiplas, capazes de construir?
Esta dança de opiniões tem agora um novo actor – a opinião partilhada. Claro que a opinião partilhada sempre foi importante quer na formação da opinião pública quer na interpretação e difusão da opinião publicada. As conversas de café, de mercado, de rua ou de bairro sempre ajudaram a consolidar opiniões e perspectivas.
Hoje existem novos bairros onde a opinião se publica, difunde e partilha. Foi notório o papel das redes sociais na formação da vontade nas eleições americanas. Em Portugal todos os agentes políticos vão fazendo incursões aos novos bairros da opinião partilhada.
Embora me interesse sobremaneira pelos fenómenos que ocorrem na fronteira tecnológica, não tenho perfil de adopção precoce dessas novas ferramentas. O meu blogue, discreto e contido, nasceu na segunda leva de difusão da rede de blogs. Também a minha participação nas redes sociais é muito mitigada, pela falta de tempo resultante da pressão induzida pelas outras redes na minha agenda.
Quando há uma quinzena me aventurei numa rede social de nova geração - www.twitter.com - fui surpreendido pela velocidade em que passei a viver num novo bairro, sem deixar o velho em que vivo há mais de duas décadas. Encontrei centenas de cidadãos dispostos a serem meus vizinhos, irem ao café, ao mercado, à livraria ou até à bola comigo, estejam onde estiverem! Já conheço melhor o que pensam alguns dos meus novos “vizinhos”, do que os meus vizinhos geográficos que há tanto tempo se cruzam comigo.
A opinião partilhada levantou voo e quebrou fronteiras. Quem vive em simultâneo em muitas cidades torna-se um cidadão diferente. Que mundo seremos nós, os cidadãos das cidades múltiplas, capazes de construir?
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