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A propagação do ódio

Em plena Páscoa, em várias cidades do Sri Lanka,ocorreu mais uma carnificina resultante da intolerância religiosa e cultural. Foram centenas demortos e milhares de feridos num ataque coordenado a igrejas e hotéis, numa manifestação brutal de raiva contra cidadãos indefesos. Os sinais de violência e não aceitação do outro, das suas escolhas, valores e crenças, são perigosos sintomas de degeneração no mundo em que vivemos, em que o horror se tornou banal e banalizado.
Por cada ato terrorista que ocorre muitas centenas deles são anulados ou desativados pela cooperação policial e pelas redes de segurança em todo o mundo. Como cidadãos não podemos sucumbir ao medo. Temos, no entanto, que ser capazes de retirar os terroristas do palco, de resistir ao espetáculo mediático que se propaga depois de cada evento, de não sermos cúmplices inconscientes do veneno com que nos querem entorpecer.
Não sei se os meus leitores resistiram. Eu procurei não ver nem transmitir através das redes sociais a que tenho acesso imagens desta tragédia. Já o tinha feito com outras situações similares, resultantes de ataques terroristas ou catástrofes climáticas. O direito à informação é inalienável e a ignorância nada resolve, mas uma vez conhecidos os factos, cabe a cada um de nós decidir se faz deles um foguetório mediático ou um recolhido luto.   
Os dirigentes políticos de todo o mundo e em particular dos países mais diretamente afetados pelos ataques terroristas têm apelado às empresas que gerem as redes sociais que impeçam a propagação de imagens favoráveis ao discurso e à prática do ódio e da intolerância. 
Ficou tristemente célebre a difusão online do ataque que matou 50 pessoas em duas mesquitas de Christchurch na Nova Zelândia em 15 de março e da qual resultou um vídeo de 17 minutos que foi depois amplamente divulgado online. Foi um episódio lamentável e que demonstra como estas práticas devemser reguladas e evitadas. A Internet livre é a Internet com valores e não a Internet sem regras.
Contudo, nada será verdadeiramente eficaz neste domínio se cada um de nós não for um aliado da luta contra a valorização global dos episódios terroristas ou de uma comunicação construtiva das catástrofes.
A dimensão da vitória do designado estado islâmico, que reivindicou o ataque no Sri Lanka, não se mede pelas vidas perdidas, que foram centenas, mas pelos milhões de horas em que foram notícia em todo o mundo. Triste notícia.   Temos que quebrar as cadeias de reprodução do ódio, mesmo que para isso, como neste texto, tenhamos que falar e refletir sobre elas delas.


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