Estados Unidos da Europa (artigo publicado originalmente na revista Frontline)
2011/12/26 18:34
| Malha Larga
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O mundo está a mudar. A Europa também e aos solavancos. A aflição gera modelos de governação atípicos com Lideres Tecnocratas mandatados para governar sem legitimidade directa do voto a Grécia e Itália e com os Ministros das Finanças a capturarem os governos na generalidade dos países da zona Euro (de tal forma que o avisado Mário Monti decidiu acumular o seu magistério de coordenação do governo com a pasta das finanças).
Estas dinâmicas só podem ser consideradas normais porque a anormalidade tomou conta de tudo. Escrever uma crónica sobre actualidade com duas semanas de antecedência, como é o caso desta, é arriscar vê-la publicada como um subsídio para a história do processo de mudança. Mas ainda assim é um risco que vale a pena correr.
A Europa está no meio da ponte. Há quem diga que com o ataque concertado dos mercados a atingir o centro da Europa esse ponto intermédio já foi mesmo ultrapassado e o risco sistémico de implosão se aproxima de parâmetros muito elevados.
A história recente da Europa tem muitos exemplos de situações que gangrenaram e que deflagraram em terríveis conflitos por ausência de decisão atempada, mas também relatos de momentos de lucidez nos momentos críticos em que crises que pareciam inevitáveis se resolveram.
Há sinais que a dimensão da crise está a despertar algumas consciências mais empedernidas. Os Estados Unidos da Europa, fundados numa União Política, Económica e Financeira com flexibilidade, geometria variável e respeito pela diversidade dos povos e das nações europeias, deixaram de ser uma Utopia e passaram a ser a melhor solução para os Países da União Europeia e para o mundo.
Não se constrói uma União Política, Económica e Financeira por passe de mágica. Muitos são os passos a dar. O que importa é marcar o rumo e concertar fortemente o objectivo comum. Os sinais de urgência na emissão comum de dívida, na eleição directa de um presidente Europeu ou na atribuição ao BCE dum papel acrescido, são pequenos passos que se forem dados tornarão irreversível o sentido da caminhada e afastarão as nuvens negras que ameaçam os países europeus.
Alguns dos sinais que antes enunciei começam a ser partilhados por altos responsáveis de países chave como a Alemanha e por altos responsáveis da Comissão Europeia. Incompreensivelmente os Governantes Portugueses, comandando um País que tudo tem a ganhar com o avanço federalista na Europa, estão acantonados num nicho ideológico de resistência, que só não é trágico porque os torna irrelevantes para o futuro.
Estados Unidos da Europa. É uma Utopia? Talvez seja …mas o sonho comanda a vida, e do outro lado da barricada só o pesadelo tem espaço.
Estas dinâmicas só podem ser consideradas normais porque a anormalidade tomou conta de tudo. Escrever uma crónica sobre actualidade com duas semanas de antecedência, como é o caso desta, é arriscar vê-la publicada como um subsídio para a história do processo de mudança. Mas ainda assim é um risco que vale a pena correr.
A Europa está no meio da ponte. Há quem diga que com o ataque concertado dos mercados a atingir o centro da Europa esse ponto intermédio já foi mesmo ultrapassado e o risco sistémico de implosão se aproxima de parâmetros muito elevados.
A história recente da Europa tem muitos exemplos de situações que gangrenaram e que deflagraram em terríveis conflitos por ausência de decisão atempada, mas também relatos de momentos de lucidez nos momentos críticos em que crises que pareciam inevitáveis se resolveram.
Há sinais que a dimensão da crise está a despertar algumas consciências mais empedernidas. Os Estados Unidos da Europa, fundados numa União Política, Económica e Financeira com flexibilidade, geometria variável e respeito pela diversidade dos povos e das nações europeias, deixaram de ser uma Utopia e passaram a ser a melhor solução para os Países da União Europeia e para o mundo.
Não se constrói uma União Política, Económica e Financeira por passe de mágica. Muitos são os passos a dar. O que importa é marcar o rumo e concertar fortemente o objectivo comum. Os sinais de urgência na emissão comum de dívida, na eleição directa de um presidente Europeu ou na atribuição ao BCE dum papel acrescido, são pequenos passos que se forem dados tornarão irreversível o sentido da caminhada e afastarão as nuvens negras que ameaçam os países europeus.
Alguns dos sinais que antes enunciei começam a ser partilhados por altos responsáveis de países chave como a Alemanha e por altos responsáveis da Comissão Europeia. Incompreensivelmente os Governantes Portugueses, comandando um País que tudo tem a ganhar com o avanço federalista na Europa, estão acantonados num nicho ideológico de resistência, que só não é trágico porque os torna irrelevantes para o futuro.
Estados Unidos da Europa. É uma Utopia? Talvez seja …mas o sonho comanda a vida, e do outro lado da barricada só o pesadelo tem espaço.
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