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Renováveis

Devido à abortada proposta de aplicar uma sobretaxa às energias renováveis, o tema da energia e do seu preço voltou a estar na primeira linha do debate em Portugal. O tema é muito complexo, prestando-se por isso a fácil demagogia. É preciso resistir à tentação de fazer abordagens simplistas e leituras imediatas, sobre um sistema estruturante e em que o horizonte temporal é determinante.

A Energia não pode ser tratada toda da mesma maneira. Quando falamos de rendas na energia, é fundamental especificar a que tipos de energia e a que rendas nos estamos a referir. Neste texto vou-me focar no designado sobrecusto das renováveis.

Portugal fez, desde o fim do século XX, uma apostapara ser líder nas energias renováveis. Foi uma aposta lógica para um País com grandes recursos endógenos e uma total dependência da importação nos combustíveis fósseis ou de origem nuclear.
A opção de Portugal foi ser pioneiro, assumindo os custos desse pioneirismo para chegar ao momento de maturidade das tecnologias em boa posição. Por esse motivo, os primeiros investimentos exigiram um esforço financeiro que só um prémio na tarifa permitia compensar. 

exemplo dos muitos portugueses que decidiram instalar energia solar nas suas casas como microprodutores exemplifica bem o que aconteceu. Os que investiram inicialmente precisaram de uma tarifa mais alta para poderem amortizar o investimento. Essa tarifa foi baixando á medida que os custos da tecnologia foram baixando e hoje estamos no alvor do autoconsumo sem necessidade de prémios. Embora os portugueses recebam preços diferentes pela energia que colocam na rede, não se pode dizer que uns tenham rendas excessivas em relação aos outros, porque estão indexadas ao esforço de investimento necessário no momento em que ele foi feito.

Nas energias renováveis há uma plêiade de micro, pequenos, médios e grandes investidores e produtores, privados e públicos, institucionais ou sociais. O sector mobiliza milhares de empresas que fornecem tudo o que é necessário para a instalação e a manutenção. São muitos também os postos de trabalho criados em torno das energias renováveis e da eficiência energética.

No momento em que a União Europeia lança a União da Energia baseada sobretudo nas energias renováveis, na eficiência energética e na descarbonização da economia e da sociedade, Portugal parte na linha da frente, com incorporações relativas muito elevadas de energias limpas no seu “mix” energético e com grande potencial de exportação de Megawatts e de conhecimento, bens e serviços associados.

Investimos décadas. Chegou o momento de colher a sementeira. Temos que ser inteligentes e precavidos na forma de o fazer. Matar a “galinha dos ovos de ouro” nunca foi uma boa estratégia.  
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