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Lula - Lado B

A judicialização da política brasileira é um facto indesmentível. São também percetíveis sintomas fortes de politização da justiça naquela grande República latino americana. Mas deixemos à justiça o que é da justiça e à política o que é da política, embora esta seja para mim uma simplificação difícil tendo em conta os profundos laços que me ligam à grande nação brasileira. É no entanto a abordagem que melhor permite lidar de forma objetiva com a situação que está a ser vivida por um país soberano e que até prova em contrário é uma democracia e um Estado de Direito.
O Brasil tem sido nos últimos anos um aliado da União Europeia (UE) no combate por uma globalização regulada, com dimensões tão importantes como a concretização do Acordo de Paris, a prossecução dos objetivos do milénio das Nações Unidas ou a liberdade na Internet. 
A negociação de um acordo comercial que englobe a UE e o Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai) nunca esteve tão próximo de um final feliz. Do ponto de vista cultural as afinidades do Brasil com a Europa e em particular com a Europa do sul são uma âncora geoestratégica fundamental.
Ainda recentemente a assinatura em Lisboa da Declaração de Belém que estabelece uma parceria estratégica para a investigação, em particular no domínio dos oceanos, entre a UE, o Brasil e a África do Sul estabeleceu mais passo no reforço do relacionamento entre três grandes espaços geopolíticos, num momento chave de refundação da ordem económica e política mundial.
Num discurso feito aos seus apoiantes no momento em que se dirigiu para a prisão cumprindo ordem judicial, Lula da Silva teve a lucidez de afirmar que o cidadão seria privado da liberdade, mas as suas ideias não.
É fundamental que o espaço político do progressismo moderado, globalista, aberto ao mundo, focado no combate à pobreza e às desigualdades continue a poder respirar em plena liberdade no Brasil e possa ser objeto da avaliação dos eleitores brasileiros sem nenhum constrangimento, seja qual for ou forem os seus representantes nas eleições presidenciais. 
Preservar a Democracia e o Estado de Direito no Brasil é uma prioridade para o mundo nestes tempos conturbados. O impacto que qualquer deriva nesse domínio teria na América do Sul e Central desde logo, e nos frágeis equilíbrios políticos geoestratégicos seria brutal. 
É por tudo isto que, como cidadão e Vice - Presidente da Delegação Parlamentar UE-Brasil expresso quatro desejos sentidos e ponderados. Que se faça justiça. Que se faça política. Que o povo possa escolher o que entender ser melhor para o Brasil. Que a UE possa manter um aliado fundamental nos trilhos do progresso.   

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