Um País - Dois Olhares
2009/07/03 09:44
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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Os tempos de desafio e turbulência que estamos a viver em Portugal podem sintetizar-se num binómio simples. Estamos a atravessar um momento de conjuntura difícil e estrutura em forte mudança. É por isso um momento que permite dois olhares. O olhar descrente de quem não vê ou não quer ver além do presente e o olhar confiante de quem consegue perscrutar a mudança e está disposto a fazer sacrifícios imediatos para conseguir ganhos sustentados no futuro.
No debate sobre a Estratégia de Lisboa pós 2010, sobre o qual escrevi na crónica anterior, o Jornalista Económico António Peres Metelo traduziu este binómio e este duplo olhar duma forma brilhante, usando uma metáfora simples que aqui reproduzo de memória. Disse ele que Portugal foi marcado por uma ousada política de modernização e que em consequência um novo País está em gestação. A gestação é sempre um processo incómodo e moroso e não há partos sem dor ou sem esforço. No entanto quando o feto nasce saudável a imensa alegria compensa todo o esforço acumulado.
Na linha da potente imagem de Peres Metelo que procurei replicar o mais fielmente possível, a questão que se coloca a cada um de nós é cristalina. Estamos à altura de investir o esforço necessário para ver nascer o “bebé” ou cederemos aos cantos de sereia que prometem alívio fácil através da desistência?
Os tempos não estão fáceis no mundo nem em Portugal. No nosso caso fomos mobilizados para ultrapassar uma crise nacional e demos de frente com uma crise internacional assim que começávamos a recuperar! Temos que ser capazes de enfrentar o segundo embate.
Nada se consegue sem trabalho. Prometer alívio imediato no Portugal de hoje é como retirar a medicação a um doente grave já em vias de recuperação. Primeiro tudo parece melhorar. Depois tudo voltará ao abismo!
Temos um Portugal e dois olhares possíveis sobre ele. É a luta entre estes dois olhares que vai marcar a campanha eleitoral que se avizinha. Que olhar vencerá? Depende da ambição com que cada um de nós olhar o futuro.
No debate sobre a Estratégia de Lisboa pós 2010, sobre o qual escrevi na crónica anterior, o Jornalista Económico António Peres Metelo traduziu este binómio e este duplo olhar duma forma brilhante, usando uma metáfora simples que aqui reproduzo de memória. Disse ele que Portugal foi marcado por uma ousada política de modernização e que em consequência um novo País está em gestação. A gestação é sempre um processo incómodo e moroso e não há partos sem dor ou sem esforço. No entanto quando o feto nasce saudável a imensa alegria compensa todo o esforço acumulado.
Na linha da potente imagem de Peres Metelo que procurei replicar o mais fielmente possível, a questão que se coloca a cada um de nós é cristalina. Estamos à altura de investir o esforço necessário para ver nascer o “bebé” ou cederemos aos cantos de sereia que prometem alívio fácil através da desistência?
Os tempos não estão fáceis no mundo nem em Portugal. No nosso caso fomos mobilizados para ultrapassar uma crise nacional e demos de frente com uma crise internacional assim que começávamos a recuperar! Temos que ser capazes de enfrentar o segundo embate.
Nada se consegue sem trabalho. Prometer alívio imediato no Portugal de hoje é como retirar a medicação a um doente grave já em vias de recuperação. Primeiro tudo parece melhorar. Depois tudo voltará ao abismo!
Temos um Portugal e dois olhares possíveis sobre ele. É a luta entre estes dois olhares que vai marcar a campanha eleitoral que se avizinha. Que olhar vencerá? Depende da ambição com que cada um de nós olhar o futuro.
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