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Socialistas e Europeístas



O XXI Congresso do Partido Socialista que decorreu em Lisboa entre 3 e 5 de Junho foi muito rico no debate ideológico que suscitou sobre a relação entre a concretização do programa progressista do PS e os seus compromissos e prioridades enquanto Partido europeísta.



Pacheco Pereira, convidado a participar no debate sobre o futuro do socialismo democrático e da social-democracia, criou as condições para um debate profundo e profícuo, afirmando que na sua opinião é impossível por em prática um projeto socialista ou social-democrata num País da Zona Euro, enquanto vigorar o atual Tratado Orçamental.

Embalado por esta tese, um militante “lembrou” na sua intervenção que PS é uma sigla para Partido Socialista e não para Partido Europeísta. Para mim, o PS é um Partido Socialista e Europeísta e as duas coisas estão fortemente ligadas na tradição, na história e na prática política.



António Costa na sua intervenção de encerramento do Congresso foi muito claro ao afirmar que a concretização de políticas socialistas e social -democratas em Portugal só é possível se ao mesmo tempo o País estiver profundamente envolvido no processo europeu. Não posso estar mais de acordo.

     

Embora a política tenha que ter cada vez mais uma componente de proximidade, envolvimento e resolução dos problemas concretos das pessoas, a condução estratégica de um País e de um Partido exige uma visão mais alargada e uma compreensão das dinâmicas do mundo global em que nos inserimos.



Portugal é um País plataforma que se afirma na sua múltipla relação com a Europa, com a África e com a América. Somos um farol atlântico que sinaliza importantes relações geopolíticas e geoestratégicas.

O nosso esforço pela mudança de prioridades nas políticas europeias, interage e completa-se com o esforço que fazemos para ajudar a consolidar ou para apelar à consolidação da democracia nos Países da Comunidade de Povos de Língua Oficial Portuguesa.



É da Europa que partimos e à Europa que sempre regressamos. Na Europa poderemos ser o que a nossa ambição e talento nos permitir. Fora dela seremos uma periferia ou uma jangada sem rumo. Durante os quatro anos de governação PSD/PP, Portugal desistiu de si mesmo e tornou-se um protetorado da União Europeia.

Com o atual governo recuperou a confiança, a voz e a atitude. Somos europeus e o que democraticamente quisermos ser. Os Tratados são compromissos que têm que ser cumpridos, mas podem ser alterados. Ser Socialista e Europeísta é fazer parte de um espaço dinâmico que se transforma todos os dias, e participar ativamente no seu processo de transformação. Socialistas e Europeístas. Uma boa combinação.
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