As Diferenças
2010/07/10 11:26
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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José Sócrates e Pedro Passos Coelho são dois líderes determinados e com agendas fortes, um já testado e com boas provas dadas em cinco anos de governação corajosa numa época de enormes desafios e elevado grau de dificuldade e o outro ainda a dar os primeiros passos para se preparar para esse eventual exercício.
José Sócrates e Pedro Passos Coelho têm na determinação um traço de personalidade que os une. Mas esse será talvez o único traço de união entre os dois líderes políticos.
Não se deve confundir atitude com visão e perspectiva política. Nestes domínios os líderes dos dois maiores partidos nacionais são muito diferentes, como as últimas semanas têm demonstrado.
De facto nunca o PS foi tão posto á prova na determinação da matriz social dos seus princípios e das suas práticas, tendo em conta os ventos fortes que sopram da crise global e da pressão inaudita dos mercados financeiros, nem nunca o PSD assumiu tão claramente uma agenda liberal, socialmente descomprometida e totalmente alinhada com a pura racionalidade dos interesses desses mercados.
Não pretendo entrar neste texto na análise da matéria ideológica que suporta a perspectiva que enunciei. Pretendo apenas sublinhar e enfatizar a diferença e realçar este facto novo na política portuguesa que é termos um PS e um PSD que até cooperam em questões chave do interesse nacional, mas estão claramente e marcadamente separados na forma como olham a realidade, como avaliam a situação económica europeia e mundial e como se propõem actuar em função dessa análise.
Este é um facto novo, positivo, clarificador e saudável para a nossa democracia. Saber que de um lado um grande partido como o PS olha a realidade na perspectiva da salvaguarda do Estado regulador e age num quadro económico global hostil procurando encontrar vias de sustentabilidade para esse Estado com sensibilidade social e dinâmica empresarial e do outro lado, um outro grande partido como o PSD oferece aos eleitores a perspectiva dos mercados reguladores, da optimização conjuntural dos lucros, da sujeição da política às regras que melhor servem a economia de casino em que globalmente vivemos.
Como afirmou recentemente José Luís Zapatero, por estes dias está a ocorrer uma batalha política tremenda e que no final terá um de dois resultados. Ou teremos uma economia regulada pelos estados em nome do bem comum e do interesse geral ou teremos uma política regulada pelos mercados em nome da fluidez operacional e do interesse do sector financeiro.
O resultado deste combate político está longe de estar fechado. È um combate que tem que ser travado em todos os patamares. A boa notícia é que em Portugal ele pode ser travado com transparência, clareza e assertividade. Temos um grande partido de cada lado. Só precisamos escolher o lado de que queremos estar.
José Sócrates e Pedro Passos Coelho têm na determinação um traço de personalidade que os une. Mas esse será talvez o único traço de união entre os dois líderes políticos.
Não se deve confundir atitude com visão e perspectiva política. Nestes domínios os líderes dos dois maiores partidos nacionais são muito diferentes, como as últimas semanas têm demonstrado.
De facto nunca o PS foi tão posto á prova na determinação da matriz social dos seus princípios e das suas práticas, tendo em conta os ventos fortes que sopram da crise global e da pressão inaudita dos mercados financeiros, nem nunca o PSD assumiu tão claramente uma agenda liberal, socialmente descomprometida e totalmente alinhada com a pura racionalidade dos interesses desses mercados.
Não pretendo entrar neste texto na análise da matéria ideológica que suporta a perspectiva que enunciei. Pretendo apenas sublinhar e enfatizar a diferença e realçar este facto novo na política portuguesa que é termos um PS e um PSD que até cooperam em questões chave do interesse nacional, mas estão claramente e marcadamente separados na forma como olham a realidade, como avaliam a situação económica europeia e mundial e como se propõem actuar em função dessa análise.
Este é um facto novo, positivo, clarificador e saudável para a nossa democracia. Saber que de um lado um grande partido como o PS olha a realidade na perspectiva da salvaguarda do Estado regulador e age num quadro económico global hostil procurando encontrar vias de sustentabilidade para esse Estado com sensibilidade social e dinâmica empresarial e do outro lado, um outro grande partido como o PSD oferece aos eleitores a perspectiva dos mercados reguladores, da optimização conjuntural dos lucros, da sujeição da política às regras que melhor servem a economia de casino em que globalmente vivemos.
Como afirmou recentemente José Luís Zapatero, por estes dias está a ocorrer uma batalha política tremenda e que no final terá um de dois resultados. Ou teremos uma economia regulada pelos estados em nome do bem comum e do interesse geral ou teremos uma política regulada pelos mercados em nome da fluidez operacional e do interesse do sector financeiro.
O resultado deste combate político está longe de estar fechado. È um combate que tem que ser travado em todos os patamares. A boa notícia é que em Portugal ele pode ser travado com transparência, clareza e assertividade. Temos um grande partido de cada lado. Só precisamos escolher o lado de que queremos estar.
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