Nova Expansão (para Defender Portugal)
2011/02/13 00:10
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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No Fórum Defender Portugal, António Peres Metelo sugeriu se usasse uma ideia mais mobilizadora neste momento chave da afirmação de Portugal no quadro dum ataque brutal dos mercados financeiros ao Euro e em particular aos membros mais fragilizados da parceria monetária. Para Metelo, em vez de “Defender Portugal” a ideia chave deveria ser a de “Expandir Portugal” sugerindo assim uma nova expansão. Teresa de Sousa defendeu uma ideia similar, pedindo uma atitude ofensiva e não uma resposta defensiva aos desafios com que nos confrontamos.
Compreendo bem a ideia de Metelo e o sentido da perspectiva de Teresa. Claro que no século XXI expansão não significa conquista territorial ou descoberta, mas pode e deve significar diversificação de produtos, soluções inovadoras e mercados. Da mesma forma atitude ofensiva não significa arrogância, mas sim consciência das vantagens comparativas e coragem para delas tirar partido.
Jubilo com o facto deste debate estar situado no que podemos fazer para transformar a crise numa oportunidade em vez de insistir no comentário aos jogos de sombras, moções de censura ou de confiança e outras artimanhas parlamentares que sendo legítimas desgastam a política e a afastam da solução dos problemas concretos dos portugueses.
Situado o debate no patamar estratégico e de acção adequado, considero que a vontade de Defender Portugal deve ser entendida como um ponto de partida para uma ambição maior.
A ambição de desenvolver Portugal, voltar a crescer e criar mais e melhores empregos, o que só se pode conseguir com uma aposta forte nas exportações e num posicionamento geoestratégico que tire partido do facto de sermos um País membro do Conselho de Segurança da ONU, de constituirmos uma ponte multicultural entre continentes e de sermos um charneira na relação Angola, Brasil e potências emergentes da Ásia.
Aceitar esta visão implica auto-confiança e inscrição. Muitos portugueses preferem refugiar-se na desculpa das dificuldades para justificar os seus próprios fracassos. As oposições e em particular o PSD e os comentadores que multiplicam em diversas perspectivas o pessimismo dos planos inclinados vêm baixando as expectativas com o desejo único de receberem o poder em bandeja despojada e sem qualquer compromisso.
Mas uma nova expansão é possível e necessária como foi em todos os momentos históricos em que Portugal se viu entrincheirado pela sua geografia periférica no continente em que se insere.
Uma expansão focada, tirando partido da capacidade de liderar em sectores de ponta como as redes de nova geração e as energias renováveis, fazendo da diáspora uma embaixada activa do Portugal moderno e acrescentando valor nos sectores tradicionais em que Portugal há muito baseou a sua internacionalização, como a fileira da floresta e da madeira, o turismo, a agro-indústria, a moda, o calçado, os novos materiais, o equipamento ligeiro ou os sistemas e serviços para a sociedade da informação e do conhecimento.
Têm razão os que pensam que antes de mais é preciso Defender Portugal. Têm também razão os que pensam que a melhor defesa a partir de determinado momento é o ataque e que o melhor ataque é uma nova expansão. Assim seja.
Compreendo bem a ideia de Metelo e o sentido da perspectiva de Teresa. Claro que no século XXI expansão não significa conquista territorial ou descoberta, mas pode e deve significar diversificação de produtos, soluções inovadoras e mercados. Da mesma forma atitude ofensiva não significa arrogância, mas sim consciência das vantagens comparativas e coragem para delas tirar partido.
Jubilo com o facto deste debate estar situado no que podemos fazer para transformar a crise numa oportunidade em vez de insistir no comentário aos jogos de sombras, moções de censura ou de confiança e outras artimanhas parlamentares que sendo legítimas desgastam a política e a afastam da solução dos problemas concretos dos portugueses.
Situado o debate no patamar estratégico e de acção adequado, considero que a vontade de Defender Portugal deve ser entendida como um ponto de partida para uma ambição maior.
A ambição de desenvolver Portugal, voltar a crescer e criar mais e melhores empregos, o que só se pode conseguir com uma aposta forte nas exportações e num posicionamento geoestratégico que tire partido do facto de sermos um País membro do Conselho de Segurança da ONU, de constituirmos uma ponte multicultural entre continentes e de sermos um charneira na relação Angola, Brasil e potências emergentes da Ásia.
Aceitar esta visão implica auto-confiança e inscrição. Muitos portugueses preferem refugiar-se na desculpa das dificuldades para justificar os seus próprios fracassos. As oposições e em particular o PSD e os comentadores que multiplicam em diversas perspectivas o pessimismo dos planos inclinados vêm baixando as expectativas com o desejo único de receberem o poder em bandeja despojada e sem qualquer compromisso.
Mas uma nova expansão é possível e necessária como foi em todos os momentos históricos em que Portugal se viu entrincheirado pela sua geografia periférica no continente em que se insere.
Uma expansão focada, tirando partido da capacidade de liderar em sectores de ponta como as redes de nova geração e as energias renováveis, fazendo da diáspora uma embaixada activa do Portugal moderno e acrescentando valor nos sectores tradicionais em que Portugal há muito baseou a sua internacionalização, como a fileira da floresta e da madeira, o turismo, a agro-indústria, a moda, o calçado, os novos materiais, o equipamento ligeiro ou os sistemas e serviços para a sociedade da informação e do conhecimento.
Têm razão os que pensam que antes de mais é preciso Defender Portugal. Têm também razão os que pensam que a melhor defesa a partir de determinado momento é o ataque e que o melhor ataque é uma nova expansão. Assim seja.
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