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Visto de Casa (27/04)

Na minha adolescência li os clássicos que se liam naquela altura e também alguns livros mais ligados à minha costela mística, de que o "Despertar dos Mágicos” de Louis Pauwels e Jacques Bergier, ou o “A Terceira Visão” de Lobsang Rampa são alguns bons exemplos.

Outro livro de leitura precoce que muito me marcou foi a obra do astrofísico Hubert Reeves “Um pouco mais de azul”. Muitos outros, como Hawking, Sagan ouKaku, contaram depois a sua história do universo, com mais ciência e mais atualidade, mas ninguém, na minha opinião, o fez com tanta poesia, tanta beleza, tanta sabedoria e tanta humildade como Hubert Reeves na sua obra primordial.  

Reevesagora com 88 anos, concedeu este fim de semana uma interessante entrevista à revista E, distribuída com o semanário Expresso, em que a sua humilde iluminação ficou bem vincada. 

Em relação ao “Big Bang” e à história do universo considera que “vivemos ainda um grande mistério, sem conhecimento do que se passou entre o início e agora e sem fazermos ideia sobre se houve um antes e se haverá um depois”. 

Sobre a emergência da pandemiareconhece que “o facto de hoje estarmos a falar do COVID19, que era completamente desconhecido há um ano, só mostra que o futuro é incerto” e ressalva que “de um lado está o conhecimento da mente e do outro está o valor, a simpatia ou a compaixão. Por vezes vão juntos, mas não é obrigatório que assim seja”.

Nesta entrevista, não falta também o toque de poesiatão habitual neste autor, ainda que uma poesia inquietante, ao lembrar-nos que “a humanidade pode desaparecer, mas continuará a haver primavera”.  Se não desaparecermos à bomba, digo eu.

Inspirando-me por contraponto, na memória já vaga da ambição alquímica do Despertar dos Mágicos, ou na visão transcendente de Rampa, acredito que esta brutal pandemia que estamos a viver é ao mesmo tempo o momento de afirmação da ciência e também a demonstração clara de que dois séculos de iluminismo ainda não nos permitiram garantir a imortalidade física da espécie, e muito menos de cada um dos seus membros. 

Precisamos ser humildes. É muito mais o que ainda desconhecemos do que aquilo que já sabemos. Aciência é fruto do de quem a faz, mais ou menos em rede, e depende dos valores e do grau de compromisso com o bem coletivo de quem gera o conhecimento e da bondade ou da soberba interesseira com que ele é usado.     

Coloquemos a razão e o coração do mesmo lado e vamos em frente, porque dos fracos (de convicção, de valores e de compaixão) não rezará a história (ou rezará por mal).  Até amanhã, com muita saúde para todos.   

     


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