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Radicalismos



 

A quatro meses das eleições legislativas, a política portuguesa está ao rubro e com uma clara definição das escolhas em jogo.

 

 Ao contrário do que seria normal os portugueses apenas têm uma alternativa no actual quadro de inserção na União Europeia, traduzida no programa testado e exaustivo apresentado pelo PS.

 

 A coligação Passos/Portas decidiu garantir (irrevogavelmente em princípio) que continuará a fazer o mesmo que fez nos últimos quatro anos, enquanto os outros Partidos e movimentos desenham soluções que não têm em conta a realidade de partida nem o caminho para afastar os obstáculos que terão que ser afastados em concertação nacional e internacional para tornar possível mudar as políticas.  

 

Temos assim um programa que não se resigna e que explora todas as fronteiras do Tratado Orçamental e da sua mudança futura para combater o empobrecimento, gerar emprego, reposicionar o País na economia global e devolver a esperança aos portugueses, e dois radicalismos, que do ponto de vista psicológico quase se aproximam da negação.

 

Passos/ Portas negam o efeito devastador no tecido económico e social das suas políticas de austeridade e levam tão longe a cegueira que pretendem amarrar o País por muitos e bons anos a esse teoria económica insensível e improdutiva, inscrevendo na Constituição da República um limite para o deficit, esquecendo que existe uma Lei de Enquadramento Orçamental onde esse limite é ser inscrito com peso reforçado, mas tendo em conta o contexto económico e político de cada ano e de cada ciclo.

 

Bloco, CDU e outras forças que elaboram fora do quadro da inserção de Portugal na Zona Euro, negam por seu lado as dificuldades tremendas da experiência que está a ser vivida pela Grécia e recusam-se a tirar as devidas lições dessa realidade.

 

As condições impostas pelas instituições credoras não podem ser aceites passivamente ou até com gáudio como o faz a Coligação Passos / Portas, mas têm que ser negociadas com firmeza e credibilidade.

 

Foi assim que os socialistas e democratas conseguiram no último ano ganhos na política europeia como a aposta nas energias renováveis, a maior flexibilidade orçamental, o retorno do investimento público como prioridade ou o mecanismo de liquidez que permitiu baixar as taxas de juro para o financiamento dos deficits públicos.

 

Partimos para eleições com três escolhas possíveis. O radicalismo na continuidade de Passos e Portas, a ambição credível do PS ou a aventura ilusória de quem quer sozinho e fechado recriar a história, num quadro de globalização cada vez mais arreigada.

 

Não é por falta de clareza nas opções que nos enganaremos na escolha.

 

  

  
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