A Europa de Lisboa
2009/05/17 13:46
| Diário do Sul, Visto do Alentejo
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O Tratado de Lisboa foi ratificado em 6 de Maio pelo Senado da República Checa e está agora apenas pendente do referendo irlandês para ser adoptado pela União Europeia, dotando-a de nova flexibilidade de decisão e de novas possibilidades para ser determinante na formação da ordem económica e social que vai emergir da crise.
Ao mesmo tempo a Estratégia de Lisboa tem vindo a reforçar o seu papel director na resposta europeia à crise económica e social e uma nova e mais ambiciosa Agenda de Lisboa nascerá em 2010 sob presidência espanhola.
Estes dois sinais, de respostas à turbulência económica e institucional, baseadas em documentos de referência inspirados por Portugal e marcados pelo nome da sua capital, ilustram bem o momento determinante que hoje se vive na Europa. Nos próximos meses ficará traçado o destino do projecto europeu, tanto podendo acontecer um terrível recuo que o conduza à irrelevância geopolítica, como um novo impulso que o torne um projecto de referência para a nova arquitectura global.
É por isso que embora tendo consequências imediatas menos evidentes, o voto nas eleições europeias não é menos importante que o voto noutras eleições de carácter mais nacional ou local. E é também por isso que o voto europeu não deve ser desperdiçado como um voto de apoio ou de protesto ao que está a acontecer no País, mas deve ser usado antes como uma opção consciente sobre o que queremos para o futuro do espaço económico e político que partilhamos com mais 26 nações e 490 milhões de cidadãos europeus.
Algumas opções de voto nestas eleições são pela natureza das propostas que representam, votos contra a Europa. Sendo votos absolutamente legítimos e muito mais ricos que a indiferença da abstenção, são votos que acabam no entanto por contar pouco para uma perspectiva construtiva da evolução da UE.
Nos votos a favor da Europa os eleitores podem optar entre duas visões alternativas. A visão mesquinha de quem não tem tradição como parceiro nas grandes decisões europeias e reduz a sua participação a um discurso esmolar de curto prazo, em que a Europa é boa quando paga e culpada de tudo o que corre mal e a visão daqueles que representando e tendo orgulho no Portugal que se integrou como parceiro de pleno direito na UE, acreditam que uma Europa mais forte é a base de um mundo melhor e que Portugal e a UE constituem uma plataforma de colaboração de que ambos podem e devem extrair benefícios.
Durante as últimas décadas a UE se as suas instituições significaram para os cidadãos europeus algo distante e opaco, mas que garantia paz e uma melhoria consistente das condições de vida. Não perdi a esperança que a União Europeia continue a significar paz e progresso por muitos e bons anos. Mas para isso é preciso mais participação dos cidadãos e maior transparência.
O dia 7 de Junho é dia de dizer que queremos uma Europa forte, transparente, competitiva e coesa - A Europa de Lisboa -usando para isso com determinação a força do nosso voto.
Ao mesmo tempo a Estratégia de Lisboa tem vindo a reforçar o seu papel director na resposta europeia à crise económica e social e uma nova e mais ambiciosa Agenda de Lisboa nascerá em 2010 sob presidência espanhola.
Estes dois sinais, de respostas à turbulência económica e institucional, baseadas em documentos de referência inspirados por Portugal e marcados pelo nome da sua capital, ilustram bem o momento determinante que hoje se vive na Europa. Nos próximos meses ficará traçado o destino do projecto europeu, tanto podendo acontecer um terrível recuo que o conduza à irrelevância geopolítica, como um novo impulso que o torne um projecto de referência para a nova arquitectura global.
É por isso que embora tendo consequências imediatas menos evidentes, o voto nas eleições europeias não é menos importante que o voto noutras eleições de carácter mais nacional ou local. E é também por isso que o voto europeu não deve ser desperdiçado como um voto de apoio ou de protesto ao que está a acontecer no País, mas deve ser usado antes como uma opção consciente sobre o que queremos para o futuro do espaço económico e político que partilhamos com mais 26 nações e 490 milhões de cidadãos europeus.
Algumas opções de voto nestas eleições são pela natureza das propostas que representam, votos contra a Europa. Sendo votos absolutamente legítimos e muito mais ricos que a indiferença da abstenção, são votos que acabam no entanto por contar pouco para uma perspectiva construtiva da evolução da UE.
Nos votos a favor da Europa os eleitores podem optar entre duas visões alternativas. A visão mesquinha de quem não tem tradição como parceiro nas grandes decisões europeias e reduz a sua participação a um discurso esmolar de curto prazo, em que a Europa é boa quando paga e culpada de tudo o que corre mal e a visão daqueles que representando e tendo orgulho no Portugal que se integrou como parceiro de pleno direito na UE, acreditam que uma Europa mais forte é a base de um mundo melhor e que Portugal e a UE constituem uma plataforma de colaboração de que ambos podem e devem extrair benefícios.
Durante as últimas décadas a UE se as suas instituições significaram para os cidadãos europeus algo distante e opaco, mas que garantia paz e uma melhoria consistente das condições de vida. Não perdi a esperança que a União Europeia continue a significar paz e progresso por muitos e bons anos. Mas para isso é preciso mais participação dos cidadãos e maior transparência.
O dia 7 de Junho é dia de dizer que queremos uma Europa forte, transparente, competitiva e coesa - A Europa de Lisboa -usando para isso com determinação a força do nosso voto.
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