Cata -Ventos (O posicionamento dos partidos)
2009/06/19 10:04
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
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Os debates sobre o posicionamento dos partidos nos espectros tradicionais (esquerda versus direita) arrepiam-me. Que sentido faz a discussão sobre se o partido X deve virar à esquerda ou o partido y à direita? Se o partido Z deve ficar imutável ao centro e o W se deve deslocar para um extremo do tabuleiro. Serão os partidos políticos cata-ventos? Considero esta linguagem analítica muito próxima do grau zero da política.
De acordo com os seus valores e princípios os Partidos definem projectos ou causas. Alguns com vocação holística desenvolvem projectos que englobam causas. Outros focam-se nas causas e delas partem para o esboço de projectos compatíveis. Há partidos que visam a transformação dos modelos sociais e das suas regras e partidos que apostam em mudar alguma coisa para que o essencial se conserve. No plano da tolerância ou da equidade os partidos posicionam-se em registos mais ou menos liberais ou normativos. Em síntese, os partidos definem uma oferta política e visam conquistar para ela a mais forte procura democrática que lhe for possível.
Os partidos devem ser consistentes nas suas propostas e nas suas estratégias. É normal e saudável que todos os partidos políticos que se batam por atrair o maior número possível de eleitores. O que já não faz sentido é correrem atrás dos eleitores como se corressem atrás da sua própria sombra, arriscando a coerência, a unidade na mensagem e em última análise a sua credibilidade e a credibilidade do sistema político.
Não acredito que partidos sem densidade ideológica, funcionando como cata-ventos, sobrevivam ao efémero de pequenas vitórias ou aglomerações de protesto. O PS deve virar à esquerda ou ao centro? O PSD à direita ou ao centro. O PP ao centro ou à direita. A CDU deve caminhar para o tempo actual ou manter o registo museológico, o Bloco deve aproximar-se do arco da governabilidade ou radicalizar na extrema-esquerda?
Excelentes perguntas … para colocar a um meteorologista! Eu não opino sobre o sentido do vento. Não sou especialista.
De acordo com os seus valores e princípios os Partidos definem projectos ou causas. Alguns com vocação holística desenvolvem projectos que englobam causas. Outros focam-se nas causas e delas partem para o esboço de projectos compatíveis. Há partidos que visam a transformação dos modelos sociais e das suas regras e partidos que apostam em mudar alguma coisa para que o essencial se conserve. No plano da tolerância ou da equidade os partidos posicionam-se em registos mais ou menos liberais ou normativos. Em síntese, os partidos definem uma oferta política e visam conquistar para ela a mais forte procura democrática que lhe for possível.
Os partidos devem ser consistentes nas suas propostas e nas suas estratégias. É normal e saudável que todos os partidos políticos que se batam por atrair o maior número possível de eleitores. O que já não faz sentido é correrem atrás dos eleitores como se corressem atrás da sua própria sombra, arriscando a coerência, a unidade na mensagem e em última análise a sua credibilidade e a credibilidade do sistema político.
Não acredito que partidos sem densidade ideológica, funcionando como cata-ventos, sobrevivam ao efémero de pequenas vitórias ou aglomerações de protesto. O PS deve virar à esquerda ou ao centro? O PSD à direita ou ao centro. O PP ao centro ou à direita. A CDU deve caminhar para o tempo actual ou manter o registo museológico, o Bloco deve aproximar-se do arco da governabilidade ou radicalizar na extrema-esquerda?
Excelentes perguntas … para colocar a um meteorologista! Eu não opino sobre o sentido do vento. Não sou especialista.
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