O Gesto não é Tudo
2009/07/10 09:57
| Correio da Manhã, Fazer Acontecer
| Link permanente
Um gesto irreflectido de Manuel Pinho marcou o debate do Estado da Nação. Por muito que me custe escrever esta frase, ela corresponde à percepção imediata dos portugueses. Mas também sei que essa percepção é poeira que se acalmará com o tempo. Esta crónica antecipa o que se verá quando a poeira assentar de vez.
Em primeiro lugar o debate do Estado da Nação foi um confronto entre políticas e propostas do Governo, discutíveis mas concretas, com um apagão táctico das oposições, temendo que qualquer ideia lhe perturbe a acumulação de descontentamentos difusos com que planeiam vencer as eleições que se aproximam.
Tirando o incidente que marcou o debate, este assinalou o fim do Estado de Graça de Paulo Rangel e do PSD, conseguidos com o resultado das eleições europeias.
Em segundo lugar, mais do que avaliar um momento de infelicidade de um membro do governo, os portugueses apreciarão a forma como a situação foi debelada com dignidade por todos os intervenientes e resolvida com rapidez e ponderação pelo chefe do executivo.
Mas o mais importante é sublinhar que a forma não pode esconder a substância. Manuel Pinho pode ter tido momentos de menos auto controlo na comunicação e na expressão, mas fez obra meritória no desempenho do seu cargo. Foi visionário na forma como colocou, com a sua equipa, Portugal na fronteira tecnológica em sectores chave, de que as energias renováveis são o melhor exemplo. Foi pragmático na maneira como traduziu essa visão em oportunidades de negócio para as empresas portuguesas e em âncoras para a internacionalização da nossa economia.
No dia a seguir à demissão de Manuel Pinho muitas foram as vozes que não se coibiram de afirmar que o legado deste Ministro da Economia vai muito para além da imagem caricata que a parafernália mediática espalhou pelo mundo.
Junto-me a essas vozes. Embora vivamos um tempo político dominado pela imagem, o gesto ainda não é tudo. Importante é o que se faz e Manuel Pinho pode orgulhar-se do que fez.
Em primeiro lugar o debate do Estado da Nação foi um confronto entre políticas e propostas do Governo, discutíveis mas concretas, com um apagão táctico das oposições, temendo que qualquer ideia lhe perturbe a acumulação de descontentamentos difusos com que planeiam vencer as eleições que se aproximam.
Tirando o incidente que marcou o debate, este assinalou o fim do Estado de Graça de Paulo Rangel e do PSD, conseguidos com o resultado das eleições europeias.
Em segundo lugar, mais do que avaliar um momento de infelicidade de um membro do governo, os portugueses apreciarão a forma como a situação foi debelada com dignidade por todos os intervenientes e resolvida com rapidez e ponderação pelo chefe do executivo.
Mas o mais importante é sublinhar que a forma não pode esconder a substância. Manuel Pinho pode ter tido momentos de menos auto controlo na comunicação e na expressão, mas fez obra meritória no desempenho do seu cargo. Foi visionário na forma como colocou, com a sua equipa, Portugal na fronteira tecnológica em sectores chave, de que as energias renováveis são o melhor exemplo. Foi pragmático na maneira como traduziu essa visão em oportunidades de negócio para as empresas portuguesas e em âncoras para a internacionalização da nossa economia.
No dia a seguir à demissão de Manuel Pinho muitas foram as vozes que não se coibiram de afirmar que o legado deste Ministro da Economia vai muito para além da imagem caricata que a parafernália mediática espalhou pelo mundo.
Junto-me a essas vozes. Embora vivamos um tempo político dominado pela imagem, o gesto ainda não é tudo. Importante é o que se faz e Manuel Pinho pode orgulhar-se do que fez.
Comentários (1)